martedì


Morrer

Quem não quer

morrer desola-se

Quem se vê morto

consola-se

O que há-de sair de ti

Que dançarina transida

Branca tão exactamente

Mas que mendiga de estio

De virtudes ainda frescas

Sorrisos supliciados

Que beldade em luvas pudica

sDe mãos virgens fronte lisa

Que dia que olhar que sonho

Cega das sombras terrestres

Morrerás de olhos abertos

Paul Éluard

:: Sonho...


Sonho por entre
as linhas deste livro
um vento de pássaros
que empurre
para longe as nuvens.
Nos seus ecos,
um perfume de sílabas
embriaga o horizonte.
E fecho os olhos,
para que o rio
da memória
volte a correr.
Nuno Júdice

:: Michael Helms...


domenica

:: E acima...





Porque o amor é nuvem,
por cima de mim,
E correntes, por debaixo.
E afunda-me os pés,
Ou cai sobre mim
como um dilúvio
.Como uma cidade,
como uma tribo,
Me envolve a paixão;
Encontra a nostalgia
O seu albergue
e o seu descanso
Aqui no meu coração.
E em torno de mim
há somente
Ventos rodopiando
Abu Nuwas