giovedì

:: Voltarei Mais tarde!!!...


Dou-te a minha mão

Prendes os meus dedos nos teus

E nesse entrelaçar que nos liberta

Uma dança fazemos.

Sentes este tango,

que te percorre os dedos?

Entrego-te a minha boca

Nos teus lábios amordaças os meus

E nesse beijo que nos incendeia

Uma sombra abatemos.

Porque sinto o Sol

a percorrer-me o corpo, sem medos?

A ti me dou, em forma de palavras

Para que nos teus sentires,

despertes os meus

E nessa paixão que nos enlaça

Um poema satisfazemos.

Um poema...
Este poema mágico, que sentimos dentro de nós

Rosa Brava

Beijos em Poesia...Para quem me visita!!!

:: A Vida...


A vida, às vezes, é um tango de passos
marcados só nos resta dançã-lo,
acertando o passo e compasso...
La vida es um TANGO que se baila...!

Adiós Nonino
Desde una estrella al titilar...
Me hará señales de acudir,
por una luz de eternidad
cuando me llame, voy a ir.
A preguntarle, por ese niño
que con su muerte, lo perdí,
que con "Nonino" se me fue...
Cuando me diga, ven aquí...
Renaceré...
Porque...
¡Soy...! la raíz, del país
que ama
só con su arcilla.¡
Soy...!
Sangre y piel, del "tano" aquel,
que me dio su semilla.
Adiós "Nonino"..
que largo sin vos,
será el camino.¡
Dolor, tristeza,
la mesa y el pan...!
Y mi adiós.. ¡
Ay! Mi adiós,
a tu amor, tu tabaco,
tu vino.¿
Quién..?
Sin piedad,
me robó la mitad,
al llevarte "Nonino"...
Tal vez un día,
yo también mirando atrás...
Como vos, diga adiós ¡
No va más..!
(Recitado) Y hoy mi viejo
"Nonino" es una planta.
Es la luz, es el viento y es el río...
Este torrente mío lo suplanta,
prolongando en mi ser,
su desafío.
Me sucedo en su sangre,
lo adivino.
Y presiento en mi voz,
su propio eco.
Esta voz que una vez,
me sonó a hueco
cuando le dije adiós
Adiós "Nonino".
¡Soy...!
La raíz, del país
que amasó con su arcilla...¡
Soy...!
Sangre y piel,
del "tano" aquel,
que me dio su semilla.
Adiós "Nonino"...
Dejaste tu sol,en mi destino.
Tu ardor sin miedo,
tu credo de amor.
Y ese afán... ¡
Ay...!
Tu afán
por sembrar de esperanza el camino.
Soy tu panal y esta gota de sal,
que hoy te llora "Nonino".
Tal vez el día que se corte mi piolín,
te veré y sabré...
Que no hay fin.

:: Pintura Ricardo Videla...


Mais em :

http://www.ricardovidelapintura.blogspot.com

http://www.videlavidela.blogspot.com

httP://www.riardovidela.blogspot.com

:: Adios Nonino - Astor Piazzola...

:: David Cobley...


Em Gringa Sempre

http://www.gringasempre.blogspot.com/

:: Despimos...

Pintura David cobley
Chegámos ao amor pelos mapas vincados
da solidão

...Despimos ...

as estátuas um do outro...

e descobrimos que a nudez era

a única ponte que entre nós se estendia....

creio agora que o amor não passou de uma

desculpa para juntarmos os nossos desamparos;


...nem me pergunto porque, ao fechar

os olhos, são hoje ainda as linhas do teu rosto

que as sombras teimosamente me devolvem.

Maria do Rosário Pedreira

:: Botas Boots Brian Atwood...






Que eu Gosto!!!

:: Filmes para ver...

O Assassínio de Jesse james pelo
cobarde Robert Ford

Com Quem: Brad Pitt, Cassey afleck,

Zooey Deschanel

História: Robert ford junta-se ao grupo

de Jesse james, lendário pistoleiro do Oeste

americano. Mas a ambição vai fazer com que

elabore um plano para matar o líder e conse-

guir uma choruda recompensa. Com "amigos"

assim não se vai longe...

Para ver com: Amigos

Estreia : 3 de janeiro

No Vale Elah

Com Quem: Tommy lee Jones, Charlize

theron, Jason Patric, Susan sarandon

História:Um soldado, que está a combater no Iraque

regressa a casa sem permissão. Algum tempo depois é as-

sanidado pelos seus colegas do peltão. O pai, um veterano

de guerra começa a investigar o crime, com a ajuda de uma

detective muito perpicaz que o coloca no caminho da ver-

dade.

Para ver com:Pais, marido, filhos,namorado

Estreia: 10 de Janeiro

:: Frank Kortan...


:: Imaginar...




Imaginar...
Assim que chegou a casa, executou todos os passos previsíveis de qualquer pessoa em qualquer cidade do mundo.

Pendurou o casaco, poisou as chaves, correu as cortinas, descalçou-se e trocou de roupa de executiva por umas calças confortáveis e uma camisola larga. Em seguida, ligou a televisão, ouviu as noticias, percorreu com o comando a oferta desinteressante da programação, levantou-se, sentou-se ao computador, respondeu aos "mails" e limpou o lixo do Outlook Express.


Já passava da hora de jantar quando se lembrou de ir à cozinha preparar qualquer coisa para comer. Abriu o congelador e retirou uma embalagem de lasanha que, se não consumisse no espaço de uma semana, passaria da validade.Retirou a tampa de alumínio e enfiou-a no pequeno forno eléctrico. Depois, poisou num tabuleiro um prato, um garfo, uma faca e um copo, e encheu este último com um resto de sumo que sobrara.


De novo, foi-se instalar diante da televisão. Dos noventa e nove canais disponíveis,tudo lhe pareceu repetido: os mesmos leopardos descarnando gazelas, os mesmos aparelhos de ginástica, as mesmas guerras, as mesmas cenas pornográficas, as mesmas cirurgias de reconstrução plástica, os mesmos debates políticos, as mesmas perseguições policiais, os mesmos filmes com explosões e metralhadoras, os mesmos melodramas, as mesmas experiências com ratos, obesos , anorécticas, e toxicodependentes.


Por vezes, interessava-se por pormenores de que, no dia seguinte, não voltaria a lembrar-se.Desligou a televisão e pôs música, que ouviu reclinada na cadeira e de olhos fechados:

primeiro clássica, depois uma soprano italiana, e depois uns solos de violino que acabaram por lhe causar ansiedade. Terminou a lasanha e lavou os pratos, ajeitou a cozinha e foi lavar os dentes, antes de se despir e meter na cama.



Já deitada, leu um ou dois parágrafos de um livro que se mantinha há muitos meses na sua mesa de cabeceira, e ainda passou os olhos pelo quadro que pendurara no quarto há menos de um mês: a imagem surrealista de uma mulher dentro de água com um feto nos braços.


Antes de apagar a luz, sorriu de satisfação: o dia acabava para toda a gente, mas o dela começava agora...

martedì

:: O que leio...


O que leio nos teus olhos:
o que um deus distraído escreve na linha
do horizonte, e passa para o outro lado
do verso;
um orvalho que escorre da folha
onde o poema nasce, e cai como lágrima
na terra fértil da inspiração;
um cair de pálpebras quando o sol
do amor se atravessa à tua frente, e o seu
brilho
te ofusca;
e o espelho em que o amor se reflecte
quando o olhas de frente, e descobres nele
o teu rosto.
Nuno Júdice

:: Ouve...


Ouve, meu anjo:

Se eu beijasse a tua pele?

Se eu beijasse a tua boca

Onde a saliva é mel?

Tentou, severo, afastar-se

Num sorriso desdenhoso;

Mas aí! A carne do assasssino

É como a do virtuoso.

Numa atitude elegante,

Misterioso, gentil,

Deu-me o seu corpo doirado

Que eu beijei quase febril.

Na vidraça da janela,

A chuva, leve, tinia...

Ele apertou-me cerrando

Os olhos para sonhar

- E eu lentamente morria

Como um perfume no ar!


António Botto

lunedì

:: História Antiga...

Pintura Saturno Butto
História Antiga

Era uma vez,
lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.
Mas,Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora.
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga

:: Lui Liu..

Mais trabalhos deste Artista em:
Le Banche e L'Arte
http://www.banchearte.blogspot.com/

domenica

:: Lui Liu...

:: Saturno Butto...


:: Saturno Butto...

:: A Estrela

Pintura de Saturno Butto
A Estrela

Eu caminhei na noite

Entre silêncio e frio

Só uma estrela secreta me guiava

Grandes perigos na noite me apareceram

Da minha estrela julguei que eu a julgara

Verdadeira sendo ela só reflexo

De uma cidade a néon enfeitada

A minha solidão me pareceu coroa

Sinal de perfeição em minha fronte

Mas vi quando no vento me humilhava

Que a coroa que eu levava era de um ferro

Tão pesado que toda me dobrava

Do frio das montanhas eu pensei

«Minha pureza me cerca e me rodeia»

Porém meu pensamento apodreceu

E a pureza das coisas cintilava

E eu vi que a limpidez não era eu

E a fraqueza da carne e a miragem do espírito

Em monstruosa voz se transformaram

Disse às pedras do monte que falassem

Mas elas como pedras se calaram

Sozinha me vi delirante e perdida

E uma estrela serena me espantava

E eu caminhei na noite minha sombra

De desmedidos gestos me cercava

Silêncio e medo

Nos confins desolados caminhavam

Então eu vi chegar ao meu encontro


Aqueles que uma estrela iluminava

E assim eles disseram:

«Vem connosco

Se também vens seguindo aquela estrela»

Então soube que a estrela que eu seguia

Era real e não imaginada

Grandes noites redondas nos cercaram

Grandes brumas miragens nos mostraram

Grandes silêncios de ecos vagabundos

Em direcções distantes nos chamaram

E a sombra dos três homens sobre a terra

Ao lado dos meus passos caminhava

E eu espantada vi que aquela estrela

Para a cidade dos homens nos guiava

E a estrela do céu parou em cima

de uma rua sem cor e sem beleza

Onde a luz tinha a cor que tem a cinz

aLonge do verde azul da natureza

Ali não vi as coisas que eu amava

Nem o brilho do sol nem o da água

Ao lado do hospital e da prisão

Entre o agiota e o templo profanado

Onde a rua é mais triste e mais sozinha

E onde tudo parece abandonado

Um lugar pela estrela foi marcado

Nesse lugar pensei:

Quanto deserto

Atravessei para encontrar aquilo

Que morava entre os homens e tão perto

Sophia de Mello Breyner Andresen